ARDEVERBO
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Gisele Quer Morrer
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A Saga de Barackão
Rua Bosta
Tira bom, tira ruim
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A mulher agora anda pela rua, passeando. Num cruzamento, ela vê um trabalho de macumba: prato com arroz, frango, farofa, velas. Além disso, uma máscara de demônio. Ela olha para os lados, para ver se está sendo observada, e pega para si a máscara. Ela chega na sua casa e vai ao banheiro. Dá uma ajeitada nos cabelos e veste a máscara. Fica se admirando no espelho. A partir daí não tira mais a máscara. Escova os dentes com a máscara. Sai do banheiro e vai para a sala. O telefone toca. É a mãe da mulher: - Minha filha, tá tudo bem contigo? - Sim. - Da última vez, tu parecia tão fraquinha... tu tá comendo direitinho? - Ai, mãe, deixa. - Tu precisa se recuperar, filha... - Tá bom, mãe, deixa eu ir agora... tchau. - desliga o telefone. Vai para a cozinha. O sapo de cerâmica está na mesa. Ela não dá bola. Pega na geladeira presunto e queijo. Há um único pão num saco. Ela percebe que está muito duro e que não vai poder fazer um sanduíche. A campainha toca. Ela vai até a porta atender. É um mendigo: - Pois não? - A senhora poderia por favor aceitar um pãozinho do pobre mendigo? Ele passa pra ela um pão. Ela aceita e ele vai embora. De volta à cozinha, ela vai preparar o sanduíche. Fatia o pão, e de dentro sai uma nota de 1 real, em que se lê: o fim. Ela pega a nota, enfia no sapo de cerâmica, faz o sanduíche, abre a geladeira pra guardar o presunto e o queijo. O telefone toca novamente. Com pressa para atender, ela guarda o sanduíche também. Sai de cena. |